Se alguém acha que o custo elevado seria um empecilho para fazer o cercamento da Redenção, está enganado.
– A gente monta uma banquinha ali no brique e capta o dinheiro em um fim de semana – diz o vice-presidente do Sinduscon, Zalmir Chwatzmann, em tom de brincadeira, claro, mas enfatizando que “é muito fácil tirar o cercamento do papel”.
Chwatzmann coordena no Sinduscon o projeto Construção Cultural, que já restaurou quase duas dezenas de monumentos da Redenção com recursos privados, mas nenhum deles durou um mês – todos foram novamente destruídos.
– Disseram que o cercamento eletrônico funcionaria. Não funcionou. Enquanto não for cercado de fato, o parque vai continuar inseguro e vandalizado.
À frente também do projeto de restauração da Estátua do Laçador, o Sinduscon ainda propõe outro debate.
– O local em que o monumento se encontra hoje, será que é o mais adequado? – questiona Zalmir Chwartzmann.
Para receber as intervenções, a estátua precisará ser levada a um galpão – portanto, será retirada do Sítio do Laçador, na Avenida dos Estados, onde está instalada desde 2007. Chwartzmann lembra que a localização anterior do monumento, na entrada da cidade, recepcionava e dava boas-vindas a quem chegasse à Capital.
Hoje, é verdade, o símbolo de Porto Alegre se escondeu. Concordo que deve mudar de lugar. Como concordo que a Redenção deve ser cercada. São duas discussões que a cidade precisa fazer.