Em nota enviada à coluna nesta quarta-feira, a prefeitura anunciou que vai manter a Educação de Jovens e Adultos (EJA) funcionando em bairros da periferia.
O número de escolas que oferecem EJA – hoje são 33 – certamente diminuirá, já que o total de alunos, segundo o governo, é menor que a oferta de vagas. Mas foi descartada a proposta inicial, de apenas o Centro de Educação Paulo Freire, no bairro Santana, receber novas matrículas.
"As demais escolas enviarão o cadastro de pedidos de novas matrículas, e o Centro Paulo Freire vai organizar. A Secretaria Municipal de Educação (Smed) irá avaliar para onde direcionar essas matrículas. Isso deve ocorrer até 4 de agosto", diz a nota.
Leia a coluna publicada antes do recuo da prefeitura:
Decisão de reduzir escolas com EJA é um soco na periferia
Não se sabe ainda quantas, entre as 33 escolas, vão continuar aceitando novas matrículas de EJA. Mas, segundo a prefeitura, "o objetivo é ter núcleos de atendimento em diferentes regiões da cidade". Membros do governo chamaram de "atrapalhada" a forma como a Secretaria de Educação anunciou a medida.
– Não houve uma discussão interna aprofundada. Foi uma falha enorme essa informação ter chegado ao público de maneira tão torta – disse um deles.
Vale lembrar: os alunos que já iniciaram a EJA em uma das 33 escolas que oferecem a modalidade poderão seguir nelas até a conclusão do curso.