O coletivo Ni Una Menos, que nasceu na Argentina em 2015 como resposta à onda de feminicídios que mobilizou a sociedade, convocou paralisação internacional pelos direitos das mulheres, no próximo 8 de março.
A paralisação, que coincide com o Dia Internacional da Mulher, é produto de uma articulação do coletivo com mulheres de vários países em defesa de seus direitos, explicou a ativista e jornalista do Ni Una Menos Marta Dillon.
A ação quer denunciar em um "grito comum" que "o capital explora nossas economias informais, precárias e intermitentes. Que os Estados nacionais e o mercado nos exploram quando nos endividam", afirma a convocação.
O protesto, cuja proposta é uma paralisação de cinco horas, também tem como alvo a diferença salarial entre homens e mulheres, que é de 27% em média, acrescenta o comunicado.
Dillon se referiu à dificuldade das mulheres de "conciliar o trabalho remunerado com o trabalho não remunerado", em referência às tarefas domésticas, que contribuem para trabalhos mais precários em meia jornada com salários mais baixos e que as levam a renunciar a carreiras profissionais.