Com o plantio de arroz finalizado no Estado, os produtores já estão de olho na comercialização do cereal, a partir de março. A concentração de 70% da produção nacional no Rio Grande do Sul, e a projeção de uma safra maior do que a do ano passado, gera receio em relação ao preço do cereal no período da colheita.
– Tivemos alta de preço porque houve redução da oferta. Quando a safra nova começar a entrar, o preço deverá cair, isso já é esperado – prevê Henrique Dornelles, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz).
A preocupação é evitar que o produtor tenha de vender a produção para pagar despesas da lavoura justamente no momento em que a cotação estiver baixa, como ocorreu no ano passado. Para garantir uma remuneração mínima, a Federarroz pediu ao governo federal a liberação de recursos para financiamento de estocagem de produtos integrantes da política de garantia de preços mínimos.
– Ao invés de vender o produto, o produtor poderá captar crédito nos bancos para pagamento das despesas mais imediatas, dando o arroz como garantia real e, assim, vender a safra após o auge da colheita – explica Dornelles.
A expectativa é de que a confirmação do recurso seja feita na abertura oficial da colheita, em fevereiro.