Não é a toa que o jornal Clarín, o maior da Argentina, estampava até há pouco na capa do seu site a manchete contando que a Odebrecht distribuiu US$ 35 milhões de propina no país sul-americano, parceiro histórico do Brasil.
Também na versão impressa, é a manchete de hoje.
Diversos países latino-americanos pedirão dados sobre o assunto aos Estados Unidos, após a construtora brasileira Odebrecht e sua petroquímica Braskem admitirem ante autoridades americanas que pagaram subornos milionários na região para conseguir contratos públicos.
Em comunicado, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pediu informações "que envolvam funcionários e/ou contratos".
A Odebrecht detalhou que, entre 2009 e 2014, pagou na Colômbia cerca de US$ 11 milhões e obteve benefícios de mais de US$ 50 milhões.
O primeiro-ministro do Peru, Fernando Zavala, disse que também serão pedidas informações aos EUA e ao Brasil sobre US$ 29 milhões que a Odebrecht admitiu ter pago a funcionários peruanos entre 2005 e 2014, período em que recebeu mais de US$ 143 milhões no país.
O Equador também pedirá detalhes sobre pagamentos ilegais que a companhias brasileira diz ter feito entre 2007 e 2016 e que chegaram a US$ 33,5 milhões.
Nada perto do Brasil, onde teriam sido pagos subornos de US$ 349 milhões.
Uau!
Mas a lista é grande:
Na Venezuela, foram US$ 98 milhões.
Na República Dominicana, foram US$ 92 milhões.
No Panamá, foram US$ 59 milhõess.
Na Guatemala, US$ 18 milhões.