A Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) encerrou ontem um longo e custoso processo trabalhista movido contra a administração da autarquia. O acordo fechado na Justiçado Trabalho, em ação movida por 300 servidores em 2005 e que somava R$ 280 milhões, era o que faltava para a empresa colocar à venda estruturas desativadas e deficitárias.
O acordo, que ainda precisa ser homologado,foi fechado em 40% do valor para pagamento em 72 vezes – além de incorporação de 30%nos salários a partir de janeiro. A ação refere-se à cobrança de dívidas pelo não pagamento do piso da categoria entre os anos de 1997 a 2000.
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– O governo passou esse tempo todo sem dar reajuste. O valor se refere a uma diferença salarial de 46% – explica Juliano Rodrigues,advogado do Sindicato dos Auxiliares de Administração de Armazéns Gerais do Estado (Sagers).
O presidente da Cesa, Carlos Kercher, destacou que a empresa vinha fazendo os ajustes necessários para compor o acordo, concretizado após meses de negociação. Com o caminho livre, a Cesa pretende colocar à venda as unidades desativadas em Passo Fundo, Nova Prata, Estação e Santa Bárbara do Sul. A intenção é fazer o mesmo com as estruturas abertas, porém deficitárias, em São Gabriel, Bagé, Cachoeira do Sul, Palmeira das Missões, Santa Rosa e Cruz Alta.