A fim de evitar que um dos seus líderes seja extraditado do Paraguai, o Primeiro Comando da Capital (PCC), que tenta se consolidar como hegemônico no narcotráfico da fronteira brasileiro-paraguaia, teria oferecido recompensa de US$ 5 milhões para quem matar o presidente do Paraguai, Horacio Cartes.
A informação é do ministro do Interior paraguaio, Francisco de Vargas. A convicção "sólida" vem de informações colhidas pela inteligência paraguaia. A segurança do presidente até já foi reforçada por conta dessa possibilidade.
Desde 2003, as autoridades brasileiras tentam a extradição desse comparsa do PCC, Jarvis Gimenes Pavão, que chefia a organização no Paraguai. Há seis anos, um juiz deferiu o envio do criminoso para o Brasil. Em Assunção, o Pavão vive em uma cela de luxo dentro do presídio de segurança máxima de Tacumbú.
A extradição, porém, só poderia ocorrer após o cumprimento da pena a que Pavão foi submetido. Restam seis meses. Convencidos de que o criminoso lidera o tentáculo do PCC no Paraguai e que o grupo já domina o narcotráfico fronteiriço, o Cartes estaria determinado a extraditá-lo.
Pavão é acusado de tramar a morte do agente penitenciário paraguaio Mario Lezcano Mereles, executado junto com o filho, em agosto, em Assunção. Um dos motivos para ter sido executado é que Mereles desmontou um plano de fuga do brasileiro, com uso de explosivos em uma ação espetaculosa, e ainda revelou sua cela de luxo - essa revelação, aliás, levou à queda de uma ministra.
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