Esta coluna, cujo titular tem livros sobre diversidade e até página no Facebook sobre esse assunto, só pode festejar o seguinte fato: o Festival de Cinema Acessível está de volta a Pelotas, e isso significa que continua com sua meritória, generosa e humanitária expansão rumo ao extremo sul do Brasil. Quem sabe não se torna um evento de alcance sul-americano?! Com a palavra, Sid Schames, o idealizador, organizador e batalhador desse evento tão importante!
A segunda visita do festival a Pelotas será daqui a alguns dias, em 9 de setembro (sexta-feira) com o filme “O Tempo e o Vento” às 19hs. E no dia 10 de setembro (sábado), haverá o filme “2 Filhos de Francisco” às 15hs. A exibição será na Sala de Cinema da UFPel – Cine UFPel (Rua Lobo da Costa, 447). Está programado, também, um bate-papo com a áudio produtora Mimi Aragón.
O festival é o primeiro do país a exibir clássicos do cinema brasileiro com audiodescrição, legendas e Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os filmes são exibidos com os três recursos de forma simultânea, permitindo que pessoas cegas, com baixa visão, deficiência auditiva, surdas ou até sem nenhuma deficiência (por assistam aos longas na mesma sessão – o que permite a troca de experiências em um ambiente que valoriza as diferenças. A iniciativa é uma realização do Som da Luz (do Sid), com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul.
Sid diz que o sucesso da primeira etapa do evento evidenciou a avidez do público por produções cinematográficas e atividades culturais com acessibilidade.
Certamente!
Este colunista já foi a algumas sessões. Recomenta profundamente!
- Estamos contagiando as pessoas e mostrando que cinema pode – e deve – ser uma experiência vivenciada por todos. Acredito que estamos contribuindo com uma mudança de paradigma, em que a arte passa a ser pensada para todos e não apenas para um segmento da população - afirma ele.
Em 2015, o Som da Luz promoveu a primeira etapa do Festival de Cinema Acessível, com a exibição de cinco longas-metragens. Ao longo do primeiro semestre deste ano as obras do festival foram exibidos nas principais cidades do interior do Estado através de uma ação de treinamento do Banrisul.