Aqui escreve um assumido "isentão" neste país em que todos são algo. Então tá. Já que todos têm a sua, essa é a minha etiqueta, forjada por certa vocação pessoal temperada fortemente pela formação profissional. Mas nós, os "isentões", temos posição firme, ao contrário do que interpretações apressadas podem concluir: queremos ver nosso país com regras respeitadas, instituições preservadas e imagem digna aos olhos do mundo. E, bem, como em momentos confusos o óbvio precisa ser dito, vou apelar a um truísmo do qual talvez você nem se dê mais conta, cego que está em seus confrontos cotidianos. E qual é? É a essência da ideologia. Trata-se, simplesmente, de diferentes caminhos pelos quais as pessoas imaginam chegar a um mundo melhor. Tirando fascistas, nazistas e outras biscas e tendo sempre em mente que "inclusão" e "solidariedade" são palavras que precisam estar no horizonte da lombada íngreme do crescimento, devemos respeitar os caminhos adotados por cada um, até porque todas as pessoas sãs querem o mesmo destino - o tal mundo melhor. Mais ou menos Estado? Às vezes, é questão de dosagem. E os caminhos não necessariamente seguem de forma paralela. Por vezes se cruzam sem qualquer derrapagem. Talvez haja problemas só com os atalhos, que costumam surgir à traição.
Artigo
Que tal o parlamentarismo?
Jornalista, repórter Especial de ZH
Léo Gerchmann
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