A Colômbia vai desenhando o seu futuro. Em tese, um lindo futuro de paz!
O presidente Juan Manuel Santos nomeou seis novos ministros para compor o que chamou de "gabinete da paz", com o qual pretende conduzir o país no chamado pós-conflito com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e, logo logo, com o Exército de Libertação Nacional (ELN).
O governo espera concluir até o final do ano o processo de paz com a guerrilha, que negocia desde 2012 em Havana, e assim acabar com 50 anos de violência.
Agora, a curiosidade que cerca o novo gabinete, propositalmente plural: contará com três ministras, entre elas Clara López, presidente do partido de esquerda Polo Democrático, e com um afro-colombiano.
Santos define a equipe como de grande "diversidade" e representatividade.
- Será o gabinete da paz, do pós-conflito. Por isso será composto por pessoas de todas as regiões e de todas as tendências políticas - disse o presidente.
Os nomes:
Clara López será a nova ministra do Trabalho.
María Claudia Lacouture, diretora do Pró-Colômbia, órgão público de promoção do país no Exterior, assumirá a pasta de Comércio, Indústria e Turismo.
Elsa Noguera, ex-prefeita da caribenha cidade de Barranquilla, estará à frente da Habitação, Cidades e Territórios.
Para substituir o ministro da Justiça, Yesid Reyes, que aspira ao posto de Procurador-Geral da Nação, Santos convocou Jorge Eduardo Londoño, ex-governador de Boyacá (centro) e membro do Partido Verde.
O afro-colombiano Luis Gilberto Murillo, do partido Mudança Radical, foi nomeado ministro de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Jorge Enrique Rojas, ex-prefeito de Manizales, será ministro dos Transportes.
Na semana passada, Santos já designara Germán Arce (Partido Conservador) para o ministério de Minas, no lugar de Tomás González. Santos, que após a saída da ministra da Presidência, María Lorena Gutiérrez, pediu na sexta-feira a "renúncia protocolar" de todo seu gabinete, anunciou a remodelação do governo visando em breve o acordo de paz com as Farc.