O governo Dilma está vivendo o seu ocaso. Lula, nem ministro consegue ser. A sua folha corrida ganhou primazia sobre seus discursos demagógicos.
O pior de tudo, contudo, reside no tratamento desrespeitoso que estão dando às instituições. Nem as aparências estão sendo guardadas! O Brasil nem conta mais! O próprio PT tornou-se uma caricatura do que prometia ser quando de sua fundação.
O fato mais gritante consiste no "convite" feito pela presidente para que o ex-presidente Lula assuma a Casa Civil. Ora, esse "convite" nada mais foi do que um "salvo conduto"! Devendo prestar contas à Justiça, o ex-presidente Lula, junto com sua criatura, arquitetou com seus comparsas um plano de fuga para dentro do Planalto!
A situação é propriamente grotesca. A presidente, que deveria preservar a ordem constitucional do país, presta-se ao sujo trabalho de não seguir essa mesma Constituição. "Respeita" não respeitando!
Ora, ora! A "alma mais honesta" do mundo foge da Justiça, procurando refugiar-se no Palácio do Planalto como se este fosse a cidadela da impunidade.
De boa hora, o ministro Gilmar Mendes proferiu uma decisão que, mesmo em caráter liminar, permite restituir a dignidade da nação e a obediência aos preceitos constitucionais.
Mais espantoso ainda, neste quadro de horrores, consistiu o conteúdo das gravações do ex-presidente Lula. Note-se, aliás, que o PT foge de todas as maneiras possíveis de uma discussão sobre este conteúdo mesmo, avançando "argumentações", verdadeiros esperneios de derrotados, sobre supostas ilegalidades cometidas.
Poderia ter evitado tal indignidade, pois o próprio Lula tornou pública uma carta dirigida ao Supremo, tudo reconhecendo. Tratou-se de uma espécie de pedido de desculpas, pois a severa e digna reação de nossa Corte Máxima, verbalizada pelo ministro Celso de Mello, produziu medo nas hostes petistas.
A carta não foi certamente escrita pelo próprio Lula, pois foi bem elaborada e tem início, meio e fim. Foi apenas um último recurso diante do fim que se aproxima.
O verdadeiro Lula foi o dos xingamentos, das palavras de baixo calão, o de uma pessoa que se considera onipotente, acima das leis e instituições. Todos os que não seguem o "chefão" seriam covardes.
Covardes não foram as mais de 3,5 milhões de pessoas que foram às ruas dizer não aos descalabros moral, econômico, social e político do Brasil. Os súditos do chefão foram as 275 mil pessoas que foram dizer amém aos crimes cometidos.