No ano seguinte ao impeachment de Fernando Collor, tivemos um plebiscito para definir a forma de governo no país. O regime republicano ganhou de lavada da monarquia, defendida apenas por 10% dos votantes e pelo Movimento Parlamentarista Monárquico, que tinha como candidato ao trono Pedro de Alcântara Gastão de Orléans e Bragança, descendente da família imperial brasileira. Os monarquistas alegavam que, durante o reinado de Dom Pedro II, derrubado por um golpe, o Brasil viveu um período de grande estabilidade. Poucos se comoveram. Ainda lembro do jingle oficial dos monarquistas, que era bem bonitinho – pode ser encontrado na internet (zhora.co/votenorei) – e tinha um apelo final: "Vote no Rei".
Coluna
Nílson Souza: Voto no rei
O colunista escreve semanalmente no 2º Caderno