Diego Costa foi o craque do Gauchão e o maior protagonista do time que se reabilita em meio ao campeonato. Mas ninguém é tão senhor deste título quanto o homem que virou estátua e foi eternizado na esplanada da Arena. Renato Portaluppi convenceu Diego Costa a desistir de voltar para a Europa. A direção foi fundamental na sedução no viés financeiro ao jogador consagrado. A mesma direção que trouxe também Pavon, antes trouxera Soteldo.
O time e o elenco não estão prontos para as competições mais difíceis, mas é outra coisa. O Gauchão, que chegou a ter o Inter como favorito, ficou sob o domínio de quem cresceu ao longo do torneio e virou uma decisão que começou com gol cedo do adversário.
Não há o que retocar no hepta do Grêmio. Meninos valorizados, jogadores discutidos recuperados, heróis improváveis surgindo na hora certa. O combo do campeão tem muitos quesitos.
Renato gosta do jogo ofensivo, o que não o impede de ser pragmático e adaptar o time à necessidade do contexto. Foi preciso em todas as trocas que fez no jogo final. Enfrentou a dureza de tomar gol cedo em casa, empurrou o Juventude para trás, empatou quando o adversário parecia ter o jogo sob controle e virou na euforia do gigante rugindo em cada dois minutos depois.
O ano não se esgota no título gaúcho. Renato não vai deixar a direção sentada sobre a conquista e exigirá reforços. A base está pronta, o ataque, mais ainda. Faltam opções de meio e de defesa. É melhor fazer correções com o peito medalhado.
Diego Costa, um capítulo à parte
Substituir Suárez não custou um minuto de sono de Diego Costa. No Botafogo e no Atlético-MG, não coube a ele o papel de protagonista. Chegou no meio da temporada, ficou com o teto muito baixo para ser quem sempre foi. No Grêmio, Renato sabia exatamente o que queria de Diego Costa. O centroavante entregou além da conta.