Foi preciso esperar mais de um mês, depois da indicação oficial de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central (BC), mas na terça-feira (8), enfim a agenda parlamentar destrava com a sabatina regulamentar na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) marcada para as 10h.
Além de ter atuado no mercado financeiro, Galípolo leva dois trunfos para o interrogatório: um corte aprofundado e uma elevação suave do juro básico no currículo e alta quilometragem pelos corredores do Senado.
Antes mesmo de fazer a tradicional peregrinação em busca de votos que garantam sua aprovação, ele já havia percorrido gabinetes parlamentares como secretário-executivo do Ministério da Fazenda.
Os trunfos ajudam o indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas não o blindam. Não faltam assuntos que representam potenciais cascas de banana, como a pressão por juros altos, que finalmente parece ter dado trégua, mas embute expectativa de alta de 1 ponto percentual em duas reuniões.