Já se passou quase um mês da data em que o BNDES havia aberto acesso à linha especial de R$ 15 bilhões e ainda não está claro quando o dinheiro começará a ser liberado para as empresas gaúchas que podem se candidatar aos recursos de baixo custo destinados à reconstrução do Estado.
É verdade que um dos motivos do atraso foi o uso indevido por empresários gaúchos que ou não entenderam a destinação ou simplesmente "identificaram uma oportunidade" e se candidataram.
Mas já passou da hora de falar claro sobre o prazo previsto para a liberação. O tempo que seria justificado esperar para corrigir uma irregularidade - o que a coluna defende e apoia - já passou. Agora, já é excesso de burocracia ou falta de assertividade, para usar uma palavra elegante.
Ao repórter Mathias Boni, de Zero Hora, o ministro extraordinário para a Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, afirmou que os primeiros contratos serão assinados na sexta-feira (5). À coluna, o BNDES só responde que "esta pauta está centralizada no ministério extraordinário para o RS".
As principais linhas do BNDES
- Financiamento para compra de máquinas e equipamentos: juro de 0,6% ao mês, incluída a remuneração da instituição financeira com prazo de até cinco anos e até um ano para começar a pagar.
- Financiamento para construir ou reformar fábricas, galpões, armazéns, estabelecimentos comerciais: juro de 0,6% ao mês, incluída a remuneração da instituição financeira e prazo de até 10 anos e até dois anos para começar a pagar.
- Capital de giro emergencial: juro de 0,9% ao mês, embutida a remuneração da instituição financeira, com prazo de até cinco anos e até um ano para começar a pagar.