Um serviço que ajuda de graça empresas afetadas pela enchente no Estado a solucionar conflitos e impasses que surgiram durante o período é oferecido pela Câmara de Mediação e Arbitragem Empresarial do Brasil (Camarb).
O programa adota o método de mediação, permitindo que empresas evitem longas batalhas judiciais e retomem o funcionamento com mais rapidez. Na mediação, as partes envolvidas podem negociar diretamente um acordo, deixando de acionar a Justiça.
O serviço é aberto a todas as empresas gaúchas que foram atingidas pela enxurrada. Também abrange conflitos e impasses com parceiros comerciais de fora do Estado. O critério é que haja ao menos uma empresa gaúcha envolvida na controvérsia. Os procedimentos ocorrem de forma online, sob administração da Camarb.
— A mediação economiza tempo e recursos públicos. Também restabelece pontes, porque, quando você passa pelo judiciário, se torna inimigo da outra parte. Na mediação, até acontece uma reaproximação, porque buscamos conciliar interesses — afirma Ricardo Barcellos, presidente do Comitê de Mediação da Câmara de Arbitragem e Mediação do Centro das Indústrias do Estado (Camers), parceira gaúcha da iniciativa da Camarb.
Apresentado na última segunda-feira (22), o programa aceita até três mediações gratuitas por empresa. Não há limite de empresas atendidas. Para se candidatar, é preciso acessar este link. O projeto tem duração de seis meses, mas pode ser prorrogado.
Os conflitos e impasses incluem desde desentendimentos com seguradores e imobiliárias até com investidores. O projeto não atende causas trabalhistas e de consumidores.
— Em um ambiente em que precisamos nos unir, colaborar para reconstruir, lidar com os conflitos por mediação, uma alternativa construtiva e colaborativa, é um benefício para a pacificação social — Claudia Pitta, consultora e vice-presidente de ESG da Camarb
O programa de mediação gratuita também tem a parceria da Câmara de Arbitragem da Federação de Entidades Empresariais do Estado (CAF).
*Colaborou João Pedro Cecchini