Conforme a quarta edição do Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental, publicada nesta quarta-feira (23), as iniciativas da área que já se sustentam financeiramente no Brasil cresceram 50% desde 2021, passando de 20% para 30% do total de 1.011 empreendimentos que integramo levantamento.
Além disso, outros 38% projetam chegar à sustentabilidade financeira nos próximos 12 meses, e outros 10% em um período superior a 12 meses. Conduzido pelas organizações Pipe.Social e Quintessa, o levantamento é realizado a cada dois anos desde 2017. A edição 2023 teve ainda patrocínio de Coalizão pelo Impacto, Cubo Itaú ESG, Fundo Vale, Instituto Helda Gerdau e Instituto Sabin.
Os autores definem negócios de impacto como "empreendimentos que têm a intenção clara de endereçar (resolver ou suavizar) um problema socioambiental por meio de sua atividade principal, ou seja, produto, serviço ou sua forma de operação". Outro princípio é atuar na lógica de mercado, com modelo de negócio que busca retorno financeiro e se compromete a medir o impacto gerado.
Para Anna de Souza Aranha, sócia do Quintessa e uma das coordenadoras, a nova edição sinaliza amadurecimento do setor, com mais negócios em estágio de maturidade avançado.
— Na edição anterior, publicada em 2021, apenas 3% dos negócios declararam faturar mais de R$ 2,1 milhões por ano. Nesta edição, a proporção subiu para 15%. Ainda assim, persiste o desafio de superar o 'vale da morte', com ganho de sustentabilidade financeira e definição de modelo de negócio — destaca.
Questionados sobre as cinco principais necessidades para seus negócios, 41% dos empreendedores apontaram dinheiro, 20% falaram parcerias e networking, 20% destacaram vendas, 18% ressaltaram comunicação e 17% mencionaram apoio com equipe.
* Colaborou Mathias Boni