O jornalista Rafael Vigna colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Depois de ingressarem no campo negativo em outubro (-0,8%), os acordos e convenções coletivas realizados no Estado voltaram a registrar reajuste real mediano neutro, ou seja, empatados com a inflação. A informação é do Salariômetro, medido desde 2012 pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), e significa um breve alento para o bolso dos trabalhadores.
Ao todo, foram 97 negociações salariais realizadas por aqui no mês passado. O desempenho do Rio Grande do Sul acompanha o nacional.
Em novembro, menos da metade (47,2%) dos reajustes ficou abaixo do INPC (Índice de preços no consumidor), o principal balizador dos acordos, que acumula alta de 11,1% em 12 meses. Deste modo, 46,7% das negociações igualaram o indicador e apenas 6,1% ficaram acima.
Ainda que modesto, trata-se do melhor resultado deste ano para os trabalhadores, conforme aponta a Fipe. Com reajustes medianos reais nulos e negativos em todas as atividades e Estados, as projeções indicam pouco espaço para ganhos reais nos próximos meses. Isso acontece porque o INPC continuará entre 10% e 11%, até maio de 2022, segundo sustentam os principais relatórios de bancos privados do país.