A tensão com a possibilidade da anúncio de um Auxílio Brasil de R$ 400, com parte dos recursos fora do teto de gastos, não se limitou ao mercado financeiro.
Além de a bolsa despencar e o dólar subir a R$ 5,61, também surgiram rumores sobre a intenção de uma "debandada" no Ministério da Economia caso o anúncio fosse feito, no final da tarde desta terça-feira (19), nos termos previstos.
Assim que circulou a informação sobre a possibilidade de adiamento, a bolsa teve reação imediata. Saiu do patamar de 109 mil pontos, para onde havia sido precipitada pela queda mais forte dos últimos meses, para a faixa de 111 mil pontos. Como não houve confirmação, voltou ao nível de 110 mil, mas há expectativa cautelosa. Mesmo agora, com o adiamento confirmado, a queda se mantém em 3,3%.
A decisão de anunciar o Auxílio Brasil com benefício de R$ 400 havia sido tomada pelo presidente Jair Bolsonaro com ministros da área política. Guedes foi o último a saber. Sua equipe sinalizou que poderia deixar o governo caso a decisão de fazer um Bolsa Família mais robusto, criasse não um buraco, mas um rombo no teto de gastos. Para piorar, o pagamento reforçado só duraria até o final de 2022, ano eleitoral.