Ao apresentar seu relatório de sustentabilidade, nesta quinta-feira (15), a BSBios anunciou que está assumindo o projeto Omega Green, no Paraguai, que tem acordos de fornecimento com duas gigantes (a britânica bp e a anglo-holandesa Shell) de US$ 5 bilhões.
A indústria produtora de biodiesel de primeira geração, com unidades em Passo Fundo e Marialva (PR), o projeto de produção de biocombustíveis avançados são do ECB Group, do empresário Erasmo Battistella.
À coluna, Battistella afirmou que a compra de 100% da BSBios (metade do negócio pertencia à Petrobras) permitiu esse movimento importante para o grupo porque permite uma estrutura de custos mais racional. Antes, não era possível porque a Petrobras não tinha interesse no projeto.
– Vamos nos valer das sinergias que os dois negócios têm. A matéria-prima é a mesma, os parceiros são os mesmos. Assim, ganhamos velocidade e reduzimos custos. Se não fosse assim, precisaríamos criar uma nova estrutura em paralelo. O que permitiu foi a compra da parte da Petrobras, porque até agora o projeto no Paraguai era só da minha holding – disse o empresário.
Quando a coluna quis saber o que muda, Battistella nem piscou:
– A BSBios começa um caminho para crescer no Brasil e no Exterior. Temos escritórios e trade (importação e exportação) em São Paulo e Genebra (Suíça). Vamos internacionalizar a companhia. Em 10 anos, queremos estar entre as três maiores do mundo. Hoje, por levantando interno, estamos no 14º posto. Queremos crescer.
Como esse roteiro exige reforço de capital, a coluna quis saber se a BSBios planeja um IPO, ou seja, uma oferta pública de ações. Battistella hesitou por poucos segundos, disse que não negaria, mas não poderia adiantar nada. Só ponderou que a captação de recursos não necessariamente seria por um IPO, poderia incluir outro instrumento, como green bonds (títulos habituais de mercado relacionados a projetos sustentáveis). E adiantou:
– Estamos sendo muito assediados por bancos de investimento sobre essas oportunidades. Hoje o mercado está buscando companhias de três áreas: saúde, tecnologia e ESG (sigla em inglês para governança corporativa, social e ambiental). Hoje brinquei que não temos um programa ESG, nascemos ESG.