Em 2007, quando ainda não estava disseminada a prática de explicitar o propósito dos negócios, uma empresa gaúcha o fez. Não para responder à demanda de terceiros, mas da própria gestão. Aos 95 anos, a Mercur, que faz das tradicionais borrachas de apagar a produtos médicos, aprofunda o seu: "o mundo de um jeito bom pra todo o mundo". Está expandindo uma loja online em que clientes mais endinheirados pagam um pouco a mais pelos produtos, gerando descontos para os que encaram dificuldades. Além disso, seu presidente, Jorge Hoelzel, tem posição rara no mundo corporativo (que a coluna jamais ouvira de um empresário):
– Não temos fome de crescimento, de faturamento.
Entenda a frase na entrevista abaixo. A coluna ainda está processando.
A nossa parte
Empresário que "não tem fome de faturamento" criou uma loja na qual quem tem mais paga para quem tem menos
Jorge Hoelzel, da Mercur, radicaliza conceito de sustentabilidade acrescentando o "humano" às dimensões econômica, social e ambiental
Marta Sfredo
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