O colapso da ponte Moranti, em Gênova – que na verdade é um viaduto –, volta a inspirar temor sobre o presente e o futuro de uma importante conexão logística no Rio Grande do Sul. A ligação entre São Borja e Uruguaiana tem estrutura de metal e cimento sobre o Rio Ibicuí, na BR-472, inaugurada em 1888, ano da Lei Áurea.
Além da precariedade da construção e do mau estado de conservação – quando passam caminhões maiores, a ponte estremece –, a pista está cheia de buracos. E não são apenas falhas na pavimentação, há crateras profundas das quais é impossível de desviar, porque a ponte é estreita. Como só tem uma mão, existe uma sinaleira para selecionar qual fluxo pode atravessá-la.
Se cruzar de carro parece uma aventura – como a coluna fez recentemente –, de caminhão é um teste de perícia. Como é uma das portas de circulação do Mercosul, passam por ali cerca de 800 caminhões por dia. Em 2014, depois que Zero Hora publicou extensa reportagem, o Departamento Nacional de Infraestratura de Transportes (Dnit) afirmou que haveria uma nova ponte. A coluna aguarda retorno sobre onde foi parar o projeto.