Chamou atenção da explicação oficial para a antecipação de parte do Parque Pontal.
– Em projeto convencional, haveria apartamento decorado. Neste, vamos ter parque decorado – brincou Leandro Melnick, presidente da Melnick Even.
A gerente de lançamentos da empresa, Claudia Lima, que tem de entregar a área correspondente a um terço do total do parque até 7 de julho, está tranquila. Explicou que de 60% a 70% do trabalho está feito, só atrasou por conta da greve dos caminhoneiros. Nessa área e no ponto de venda, serão aplicados R$ 2,5 milhões. Claudia diz que sua missão é entregar até o final deste mês. E segundo Leandro Melnick, o parque provisório será desmontado para receber o paisagismo definitivo. Indagado se há possibilidade de o parque ser liberado antes da obra pública na orla, o prefeito Nelson Marchezan fez suspense:
– A gente vai concorrer.
Questionado sobre prazos, Leandro Melnick disse que o licenciamento foi “muito demorado e traumático”, mas não prevê novos obstáculos. Na definição da data de entrega, houve dúvida até entre os parceiros, mas a meta é entregar tudo até 2021. Disse que a Melnick Even foi convidada por Saul Boff para integrar o projeto, sobre o qual afirmou que “nada mais relevante aconteceu no panorama imobiliário nos últimos 20 anos”. O projeto inclui um memorial para o Estaleiro Só, que ocupava a área. Os detalhes ainda não estão definidos, mas o passado não será esquecido.
O homem da área
Um dos nomes mais citados, no lançamento do Pontal, foi o de Saul Boff. O empresário, cujo empreendimento mais conhecido até agora em Porto Alegre é o shopping João Pessoa, arrematou a área do antigo Estaleiro Só há mais de 15 anos. Ontem, foi econômico ao descrever a sensação de tirar o projeto do papel:
– É uma sensação de vitória, de felicidade, de conseguir realizar algo bom para a sociedade, para a cidade.
Boff teve consultoria de Eduardo Oltramari da Pró-Overseas, para definir o conceito “life center” do Parque Pontal Shopping, que terá 27 mil m2 de área bruta locável, além da megaloja da Leroy Merlin.
Área hospitalar
Mohamed Parrini, superintendente executivo do Hospital Moinhos de Vento (HMV), detalhou que a instituição terá mil metros quadrados no Pontal, com diagnóstico de imagem de alta tecnologia e estuda área de oncologia. E lembrou da experiência do HMV no Iguatemi Porto Alegre:
– Quebramos a cara, mas nos recuperamos.