Depois que 29.269.987 de brasileiros entregaram suas declarações do Imposto de Renda, número acima da expectativa da Receita Federal, que esperava 28,8 milhões, fica aquele sabor agridoce de missão cumprida e inquietação com o destino dos recursos e a justiça da arrecadação. O contingente que declara equivale a 12,5% da população brasileira, conforme a estimativa mais recente do IBGE.
Se considerar apenas a população economicamente ativa – em idade e em condições de trabalhar – os que encaram o Leão ainda são menos de 30%. Na hora da declaração, dói ver as contas e as alíquotas. Mas há países onde o rugido é mais alto, embora na grande maioria, também ofereçam serviços de alto nível.
Levantamento realizado pela KPMG mostra o peso do imposto sobre a renda em vários países. O Brasil, com seu teto de 27,5%, fica em um modesto 55º lugar na lista. Se houvesse um ranking do nível de retorno, a posição do país seria certamente inferior.
Os países nórdicos estão nos primeiros lugares, mas há surpresas entre os 10 maiores cobradores de IR no mundo, como a paradisíaca Aruba, nas Antilhas, e o pobre Zimbabwe, com o qual o Brasil já foi comparado. Confira as garras mais afiadas dos leões planetários: