
Novos modelos de negócio não usam como sustentabilidade só como moldura. Uma dessas iniciativas é o Banco de Tecidos, na Associação Cultural Vila Flores, em Porto Alegre, de forma temporária. Um financiamento coletivo permitiu à iniciativa operar todos os dias úteis, em vez das duas tardes por semana em que abria no início das atividades, no final do ano passado.
A ideia da figurinista Lu Bueno é fechar o ciclo entre profissionais ou empresas que precisam comprar pequenas metragens de tecido e os que veem esse material como resíduo. E o funcionamento é semelhante ao de um banco: os clientes depositam e resgatam o produto. Quem leva retalhos à loja se torna correntista.
As contas são por peso: a cada 10 quilos, a loja fica com três (30%), a título de “contribuição para o sistema”, ou seja, formação do estoque. O depositante se credita com 70% para resgatar em outros materiais. Quem não for correntista pode ter acesso pagando em dinheiro – segundo o banco, a preço justo. Experiências como a do Banco de Tecido ganham palco de 24 a 27 de abril, durante a Fashion Revolution, que defende princípios de sustentabilidade na cadeia da moda desde o desabamento do edifício Rana Plaza, em Bangladesh, em 2013.