Há um debate quente no mundo da tecnologia, que não opõe dinossauros a digitais, mas duas formas de atuar no avanço da inovação. Capitaneado por Elon Musk, que revolucionou o mercado de carros elétricos e o maior complexo de energia solar do planeta, um movimento pede a regulação da inteligência artificial e sua forma de interação com os humanos. Empresas como Microsoft, IBM, Apple e Google têm projetos avançados nessa área, em que temores e fantasias se confundem com preocupações reais e tangíveis. Chegou a hora de pensar nisso seriamente, mas antes é possível abordar o tema de forma leve pelo cinema.
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Metropolis (1927)
A fantasia sobre o papel dos robôs e sua interação com humanos é antiga, como nesse clássico de todos os clássicos. O interessante é que o cenário traçado há quase um século está logo ali, em 2026. O mestre austríaco Fritz Lang mostra trabalhadores e moradores de subterrâneos operando máquinas que geram riqueza.
2001 (1968)
Baseado na história de Arthur C. Clarke, Stanley Kubrick desenha um enredo que investiga a origem e o futuro da humanidade. A obra, que muitos consideram teológica, tem como vilão o computador HAL 9000, que em parte obedece a sua programação, parte toma decisões a partir da evolução dos fatos.
AI (2001)
Kubrick parece se redimir da vilanização da inteligência artificial mostrando agora um robô pelo qual é impossível não se apaixonar. Quem assina a direção é Steven Spilberg, mas o projeto nasce com o diretor de 2001 – não por acaso, ano do lançamento dessa obra que retoma a discussão sobre criador e criatura.
Ela (2013)
Em tempos de Alexa, Cortana, Siri e Tina – assistentes virtuais que interagem com o usuário –, a paixão pela inteligência artificial é o tema desse filme. A história aborda relacionamentos afetivos na era digital e opõe o protagonista old fashion – um escritor de cartas que usa figurino retrô – à sensível Sam, sua conexão com o mundo contemporâneo.