Chamou atenção um negócio pouco óbvio fechado no final de junho, a compra de uma parcela da Órama Investimentos pelo Grupo Globo – sim, o mesmo da TV e demais veículos de comunicação. Poucos dias antes, houve um sinal: a Órama estreou um comercial de TV na Globonews, em que compara investimentos a uma "receita de bolo" para fazer o dinheiro crescer. Para entender melhor o negócio, a coluna conversou com Habib Nascif Neto, CEO da Órama. Ele relata que a atual gestão da plataforma de investimentos e educação financeira segue com autonomia para tocar as operações.
Leia mais
Unilever não será mais dona de Becel e outras marcas de margarina
Fusões e aquisições têm leve alta no país em janeiro
Negócio com empresa caxiense projeta novos postos de trabalho
As duas empresas identificaram sinergia no que diz respeito à "veia de educação financeira". Na avaliação de Nascif, o Grupo Globo teve "experiências muito boas" na área digital, com a reformulação no Infoglobo e o Globoplay, assim como no Zap, plataforma de varejo que distribui imóveis. O que aproximou as duas empresas, detalha, foi a inteligência de dados que pode ser compartilhada entre a plataforma online da Órama, que atende a clientes que têm a partir de R$ 1 mil para investir – não há limite máximo.
– Isso vai ao encontro do movimento recente do grupo para o digital. Vamos usar essa expertise que estamos construindo, cada um de um lado, de distribuição digital de varejo e de comunicação – resume o executivo.
Em dezembro, a Órama lançou lançou plataforma que permite relacionamento direto com os cliente. Segundo Nascif, é um "B2C sem intermediários", com agentes autônomos de investimento como parceiros. Em nota, o Grupo Globo confirma que "a parceria com a Órama se revela uma excelente oportunidade em finanças online, um setor dinâmico, que experimenta altas taxas de crescimento nos mercados brasileiro e mundial".