Quem esperava que a alta na bolsa e o recuo do dólar na sexta-feira sinalizassem calma nos mercados percebeu nesta segunda-feira (22) que a volatilidade – sucessão de altas e baixas intensas, sem relação com as causas habituais de oscilações mais moderadas – está instalada nas negociações de curto prazo. Enquanto não houver sinal claro que aponte uma saída para a crise aberta pelas delações da JBS, que afetam a credibilidade do governo, a tendência é de que esse quadro se mantenha.
A bolsa abriu em alta já acentuada para o início de atividades e o dólar voltou a subir no Brasil, mesmo que, frente a outras moedas, venha registrando baixas nesta segunda-feira. O desenho dos movimentos dos investidores em ações até agora (imagem acima), marcado pelo sobe-e-desce, reflete a falta de tendência clara.
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Outro indicador de incerteza, o dos juros futuros, também começaram o dia em alta de 0,95%. É um indicador que aponta mudança nas expectativas também para a redução no juro básico prevista para o dia 31 deste mês. A média das projeções das instituições financeiras do Relatório de Mercado Focus, do Banco Central, continua apontando corte de um ponto percentual.