Bem que o professor da UFRGS Fernando Ferrari Filho havia antecipado. Se algo com poder suficiente pudesse se interpor entre Donald Trump e suas medidas polêmicas, seria o mercado – não o financeiro, mas o corporativo. Desde o final de semana, empresas globais tentam criar um muro contra o decreto anti-imigração, parcialmente suspenso por juízes americanos.
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Presidente da rede de cafeterias Starbucks, Howard Schultz escreveu a funcionários que prevê a contratação de 10 mil refugiados nos próximos cinco anos. O CEO da Airbnb, Brian Chesky, anunciou no Twitter que a companhia alojará gratuitamente as pessoas impactadas pelo decreto.
No final de semana, Apple, Google e Facebook também se manifestaram contra a medida. Até um dos integrantes do conselho de consultores de negócios de Trump, o CEO da Tesla, Elon Musk, publicou no Twitter, domingo, que o decreto "não é a melhor maneira de enfrentar os desafios do país".
Se as ações provarem ser "bad for business" (ruins para os negócios), teremos o primeiro sinal de limite a Trump, como projetou o professor da UFRGS que, nestes dias, ministra curso na Washington and Lee University, na Virgínia (EUA).