Última entidade a apresentar suas projeções para 2017, a Federasul também foi uma das mais conservadoras, especialmente nas estimativas para crescimento do PIB do Brasil: 0,2%. A inquietação no meio empresarial apareceu já na pesquisa apresentada pela presidente da entidade, Simone Leite: 37% responderam que têm oportunidade para expandir, mas não o fazem devido à incerteza.
Os dois maiores percentuais mostraram que uma ampla maioria (61%) relaciona a crise à situação do Estado e ao parcelamento dos salários dos servidores e (60%) reduziu o quadro de funcionários neste ano, mas pretende manter a equipe em 2017.
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Na economia, o tom é de "otimismo cauteloso", conforme o vice-presidente e coordenador de economia, Fernando Marchet. Ele estima que o desemprego siga aumentando até o final do primeiro semestre de 2017, mas depois se estabilize.
No Estado, a perspectiva é animada pelo campo: previsão de crescimentos de 3% no PIB agropecuário gaúcho e 0,9% na economia do Rio Grande do Sul como um todo. Chamou atenção a imagem escolhida para ilustrar as projeções nacionais: a "travessia" não é nem por ponte, nem por pinguela, é na corda bamba.