Com a persistência da crise no mercado automotivo, a Randon segue com marcha à ré engatada nos resultados. Entre janeiro e setembro deste ano, a empresa de Caxias do Sul acumulou prejuízo de R$ 18,7 milhões – nos nove primeiros meses de 2015, a queda havia sido de R$ 3,6 milhões. A maior parte dessa perda foi registrada entre julho e setembro, de R$ 16,026 milhões, 259,2% acima da que havia ocorrido no mesmo período do ano passado.
No balanço apresentado nesta quinta-feira, a receita bruta no terceiro trimestre foi de R$ 808,7 milhões, recuo de 28,7% em relação a igual período do ano passado. Já a receita líquida trimestral foi de R$ 570,2 milhões, queda de 33,1%.
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Entre os motivos apontados para os resultados, está a situação do mercado de semirreboques, com demanda baixa e volumes de produção e vendas nas mínimas históricas da última década.
A Randon também informou que a receita consolidada ficou em R$ 2 bilhões no acumulado de janeiro a setembro deste ano. O resultado é 12,4% menor do que o do mesmo período de 2015 (R$ 2,3 bilhões).
Em razão das dificuldades, o diretor financeiro e de relações com investidores, Geraldo Santa Catharina, afirma que a companhia está se "reinventando" a partir de "disciplina de gestão de custos".