Geraldo Santa Catharina, diretor financeiro e da Randon, foi indicado pelo Ibef-RS como Equilibrista do Ano. Seu caminho passou por reduções de custo, estrutura, investimento, capital de giro e renegociação de dívidas. O quadro de pessoal foi reduzido de 12 mil para pouco mais de 7 mil.
– Não é fácil, cria mal-estar na empresa e na sociedade – lamenta.
Diz ser ''low profile'', portanto não sai ''da órbita'' com o prêmio, que faz questão de dividir com os colegas. Chegou à Randon em junho de 1984, dois meses antes de a empresa sair de uma concordata.
– O ambiente de hoje é totalmente diferente, a Randon não correu risco de algo parecido, a saúde financeira está acima da média – relata.
Leia mais
"Inovar em grandes companhias é desafio", diz diretor da Coca-Cola
Venda nos shoppings ainda reflete quadro de crise, apesar de "despiora"
Centro gastronômico se consolida com cenário diferente na Capital e avião da Varig
Entre as lições da crise que fez o segmento operar com 40% da capacidade instalada, o executivo cita a prudência nos momentos em que o mercado está a favor:
– Temos de ser mais previdentes. Entre 2009 e 2014, todos investiram de forma muito agressiva, e nós também. Foi um puxão de orelha, temos de ser mais cuidadosos com endividamento, capital de giro e estrutura.