Com velocidade maior do que a prevista, a Petrobras voltou a anunciar redução nos valores cobrados por gasolina (3,1%) e diesel (10,4%) nas refinarias. No dia 14 de outubro, a estatal havia anunciado a nova política de preços, alinhada com as cotações internacionais de referência, e sinalizou com revisões mensais. Era, portanto, questão de tempo para que novas reduções ocorressem, considerando a grande diferença entre os preços internos e os externos.
Conforme a Petrobras, a combinação das duas reduções nos preços dos derivados nestes 25 dias chega a 12,1%. Agora, vai ser mais difícil para distribuidoras e revendas explicarem a falta de repasse do corte nos valores nas bombas. É certo que o primeiro anúncio foi quase que excessivamente cauteloso, mas acabaram chancelando apenas variações mínimas, de centavos, tanto para baixo, acompanhando a decisão, quando para cima, por conta da pressão do custo do etanol.
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No comunicado, agora ficou claro que a revisão dos preços internos será feita''ao menos uma vez ao mês''. A Petrobras voltou a admitir que um dos objetivos da redução é provocar efeito "nos fluxos de importação e exportação'', e que essa é uma das variáveis que justificaram ''uma correção maior nos preços do diesel que na gasolina''. Traduzindo, a estatal está preocupada com a concorrência da compra de derivados no Exterior, porque está perdendo mercado. Não é bondade nem manipulação, é sobrevivência.