O colapso dos preços das commodities foi um petardo contra economias emergentes. Alguma reação nas cotações e o prazo maior de alta na taxa de juro dos EUA está causando a reemergência desses grupos. Como parte do avanço dos Bric já é realidade, o foco se volta para o restante da fila.
O banco Goldman Sachs, que dissemina o maior número de acrônimos globais, aposta desde 2007 nos ''Next 11'' (N-11, Próximos 11) para estar entre as maiores economias do mundo. Na época, respondiam por 7% da economia global e 9% do consumo de energia.
A necessidade de urbanização é vista como um dos fatores capazes de estimular o crescimento de Vietnã e Bangladesh, por exemplo. Além disso, a capacidade para receber investimentos de infraestrutura tornar integrantes do grupo, como o México, atraentes aos estrangeiros. No sentido contrário, há obstáculos a serem vencidos. Um deles é a expectativa de vida, que foge dos padrões de países desenvolvidos.
Confira outros acrônimos criados nos últimos anos
Bric: Brasil, Rússia, Índia, China, criado pelo economista Jim O'Neill, da Goldman Sachs. Com a África do Sul, foi criado um bloco, chamado Brics, que tem até um banco de desenvolvimento.
Mist: México, Indonésia, Coreia do Sul (South Korea), Turquia, também criado por O'Neill, seria o próximo grupo de países emergentes que seguiria os Bric
Mint: México, Indonésia, Nigéria, Turquia, outra invenção de O'Neill depois de ser convencido pela BBC de que a Nigéria se adaptava mais ao conceito do grupo.
Os Cinco Frágeis (BIITS): Brasil, Indonésia, Índia, Turquia, África do Sul, criado por James Lord, do Morgan Stanley, para reunir as economias mais vulneráveis à alta de juro nos Estados Unidos, especialmente em decorrência de grandes déficits em conta corrente (que está sendo reduzido no Brasil).
Eagles: Brasil, China, Egito, Índia, Indonésia, Coreia do Sul, México, Rússia, Taiwan e Turquia, criado pelo banco espanhol BBVA com base na expressão Emerging And Growth Leading Economies (Economias Emergentes e Líderes em Crescimento), com integrantes que mudam constantemente.
Piigs: Portugal, Itália, Irlanda, Grécia, Espanha, sem criador identificado e considerado ofensivo, refere-se aos países mais frágeis e endividados da zona do euro no auge da crise do bloco
Civets: Colômbia, Indonésia, Vietnã, Egito, Turquia, África do Sul, criado por Michael Geoghegan, do HSBC, para os países que supostamente vão conduzir o crescimento entre 2010 e 2020.
Sane: África do Sul, Argélia, Nigéria, Egito, sem criador conhecido, reúne os países da África com maior potencial de crescimento.
Timp: Turquia, Indonésia, México, Filipinas, criado pela Turner Investments como um "competidor" do N-11 para ser o próximo Bric
Stuck: África do Sul, Turquia, Ucrânia, Colômbia, Reino Unido, criado por Prime Economics para reunir os cinco países com maiores déficits em conta corrente em 2013, que os deixava vulneráveis a choques externos.