A Engie Tractebel Energia resolveu desativar, em 31 de agosto, a Usina Termelétrica Charqueadas, que tem capacidade instalada de 36 MW. A usina, que operava há 54 anos, teria chegado à ''obsolescência técnica'', conforme a empresa. Em nota, o diretor-presidente Manoel Zaroni Torres explicou que não há restrições ambientais à manutenção da térmica abastecida a carvão. A restrição seria o final da vida útil dos equipamentos, porque muitos já teriam 300 mil horas de operação.
Ainda segundo a empresa, a tecnologia da termelétrica, construída na década de 1950, não se compara à dos novos projetos, apesar de importantes investimentos em modernizações, como os filtros de cinza, e manutenção terem sido realizados nos últimos 15 anos. Zaroni detalhou que a empresa tentou orçar uma modernização da unidade, mas o custo ficou ''inviável economicamente'', principalmente pelo preço do carvão.
Durante a semana, ciente da intenção da empresa, a Secretaria de Minas e Energia do Estado tentou estabelecer um processo de negociação que garantisse a manutenção das operações até o final de 2017, como estava previamente acordado, mas a Tractebel decidiu manter sua posição. O secretário Lucas Redecker menciona risco para cerca de 2 mil empregos indiretos, metade dos quais relacionados à mineração de carvão na região.