Gravações que desvendam casos intrincados e escutas ilegais com objetivos escusos povoam o universo do cinema, dos filmes de espionagem convencionais passando pelos mais políticos até as comédias.
Para ajudar a refletir de maneira mais leve sobre as mais recentes revelações feitas por meio de interceptação telefônica, a coluna compartilha diferentes abordagens sobre o assunto.
A Conversação (1974)
Gene Hackman vive um especialista em vigilância conhecido por seu grande profissionalismo, contratado pelo diretor de uma grande empresa para vigiar e gravar conversas de um casal. Com a história, o filme mostra escutas ilegais como recurso com várias utilidades.
Quebra de Sigilo (1992)
Esse é mais sobre invasão de computadores do que interceptação telefônica, mas também mostra como são frágeis até os sistemas aparentemente seguros. Aborda, ainda, os interesses complexos em torno da inviolabilidade do sigilo.
Violação de Privacidade (2004)
Projeta a discussão sobre o direito à privacidade em um futuro cada vez mais provável, com total acesso a memória de cada um. Explora o tamanho do poder e as consequências que esse tipo de conhecimento pode embutir.
A Vida dos Outros (2006)
Relata como a polícia secreta da Alemanha Oriental, a Stasi, tinha escutas em quase todas as "pessoas de interesse" até a década de 1980. Além de ouvir conversas, interferia na correspondência e nas decisões pessoais dos cidadãos.
Duplicidade (2009)
Esse entrou para aliviar o clima. O filme flerta com registro de comédia romântica: dois ex-agentes, uma da CIA (Julia Roberts), um do MI6 (Clive Owen) que agora prestam serviços a corporações rivais. O uso de escutas e a paranoia de ambos podem ser pedagógicos.
Circuito Fechado (2013)
Na linha das teses conspiratórias, exige atenção para a complexidade da trama, que envolve de terrorismo a interesses de governo. Também se dedica a expor duas faces da Justiça, a que está de fato interessada em ser justa e a que só aparenta.