Se a queda do preço do petróleo foi o assunto no mercado financeiro na largada de 2016 e foco dos temores em relação à economia global, a recente disparada das cotações do minério de ferro simboliza uma recuperação na confiança de investidores.
Ainda que nesta terça-feira os dados da balança comercial da China tenham devolvido uma dose de pessimismo – causando queda do preço da matéria-prima –, no mercado há expectativa um pouco mais positiva sobre o futuro da segunda maior economia do mundo.
No último final de semana, autoridades do governo anunciaram a meta de crescer entre 6,5% e 7% neste ano, o que animou investidores. Além disso, Pequim deve anunciar medidas para estimular para acelerar o ritmo da economia, tenta transitar de um modelo exportador para o foco no consumo interno. Além do minério de ferro, outras commodities têm subido na carona chinesa. O petróleo, que em janeiro esteve abaixo dos US$ 30 por barril, voltou a sondar os US$ 40. As altas se transferiram para as bolsas de valores.
No Brasil, a ação preferencial da Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, apesar da queda 12% nesta terça-feira, acumula alta de 31% em apenas nos cinco primeiros dias úteis de março.