Ainda com acesso a crédito barato - a mudança da política monetária nos EUA deve mudar isso em 2016 - e em meio a um cenário de incertezas - principalmente por causa da China -, as empresas foram com tudo às compras em 2015.
Dados do Instituto de Fusões, Aquisições e Alianças (IMAA, na sigla em inglês) indicam que o valor total dos negócios chegou a US$ 4,59 trilhões no ano passado, o maior já registrado pela consultoria.
O ritmo acelerado ficou evidente nas quantias altíssimas registradas em alguns acordos mundo afora. Apenas a compra da farmacêutica Allergan pela Pfizer, a maior do ano, envolveu cerca de US$ 160 bilhões. No setor de bebidas, a venda da SABMiller para a AB Inbev - que tem o brasileiro Jorge Paulo Lemann como um dos principais acionistas - atingiu a marca de US$ 107 bilhões.
No Brasil, boa parte do frenesi dos negócios foi barrado pela instabilidade que marcou 2015. Embora as companhias brasileiras estivessem especialmente "baratas" devido ao dólar, a dificuldade em saber qual será o fundo do poço da economia segurou a mão dos compradores estrangeiros.