Engana-se você que pensa que é por causa dos Gre-Nais. Gre-Nal tem todo ano. Se estamos mal, Gauchão vira Copa do Mundo. E seriam clássicos em fase de grupos que, por si, não resolvem completamente a vida dos dois clubes na competição. Se joga a Libertadores porque só as copas podem derrubar o "Flamengo Outro Patamar".
Grêmio e Inter, ano passado, apanharam – no Alegrete, classificariam a eliminação do Tricolor no Maracanã como surra e está tudo certo, todo mundo já levou uma no futebol. Foram quatro partidas, dois empates e duas vitórias cariocas: 9 a 2. Mas, Copa Libertadores, mata-mata, uma noite desgraçada, tudo isso pode tirar o Flamengo do certame para ele vencer, ao natural, o Campeonato Brasileiro de 2020.
É por isso, pela luta do equilíbrio do futebol brasileiro, que mais um clube do país precisa estar na maior competição chancelada pela Conmebol. Nos modorrentos pontos corridos vai dar Mengão. Nas copas, talvez dê também. Mas se há alguma chance de deter o poderio de (Jorge) Jesus, ela tem morada neste tipo de torneio.
Em uma Libertadores, com gol qualificado, correria, gritaria, dedo na cara, marcação perfeita e bom futebol, as chances de bater o melhor time do Brasil em anos aparecem. Basta não escalar André, jogar com mais coragem fora de casa e rezar para uma noite péssima de Gabigol, Arrascaeta, Éverton Ribeiro, Bruno Henrique, Pedro, Diego, Gérson, etc. Melhor dizendo: todos estarem em uma noite terrível, daquelas que dão vergonha até para os pais dos atletas.
É por isso que Coudet tem de classificar o Colorado contra o Tolima. Pois minha cabeça já está na revanche contra rubro-negros. Sou otimista e tem tronco (copa) que vira salvação em correnteza forte (Flamengo).