Da última vez que o Green Day veio a Porto Alegre, o que houve por aqui foi algo histórico: em 2010, por mais de três horas, fizeram um show de conexão total com o público e uma infinidade de músicas de todas as épocas da carreira.
Nesta terça, eles voltam para cá justamente no ano em que comemoram três décadas de banda. Conversamos com o baterista Tré Cool sobre os principais momentos da banda nesses 30 anos. Sobre o show de Porto Alegre, por exemplo, o baterista conta que sabe a importância que uma banda como o Green Day tem para cidades que normalmente não entram no circuito de grandes shows internacionais:
– Você nunca sabe o que esperar. Quando tocamos em cidades como Porto Alegre, a plateia realmente curte que uma banda internacional esteja em sua cidade e esteja dando tudo. Sabemos que é algo histórico.
E qual é a melhor coisa desses 30 anos?
– Tudo. Shows, a emoção de fazer músicas novas, viajar e ver pessoas diferentes,conhecer plateias de várias cidades do mundo. Tudo isso combinado é o que não deixa você parar.
E a coisa mais chata?
– Ficar sentado em aeroportos, esperar por aviões, encarar atrasos.
Qual foi a coisa mais louca que você já viu neste período?
– Hm... Acho que foi quando eu vi um cachorro da raça chihuahua transando com uma loba antes de um show. Isso foi bem incrível.
Ok... E, depois de 30 anos, você ainda aconselharia uma criança a tocar rock?
– Claro! Se você é uma criança e está tocando rock, toque com seus amigos e esqueça isso de procurar um emprego durante o dia. Faça só música. Você ficará com fome, mas será uma pessoa melhor.
E, nos conte, como é ter uma banda punk enquanto o seu presidente é Donald Trump?
– É horrível, mas, como uma banda, é algo que te dá material. E torna mais satisfatório fazer turnês de volta ao mundo, ficar um pouco longe do país.