A derrota do Palmeiras para o Tigres, do México, na semifinal do Mundial de Clubes mostrou ao Grêmio que é possível sonhar com o título da Copa do Brasil. O 1 a 0 até ficou barato para a equipe brasileira. Os mexicanos, comandados pelo volante Rafael Carioca e pelo atacante Gignac, tiveram chances de fazer um marcador mais dilatado.
O goleiro Weverton foi o grande destaque palmeirense — foram pelo menos três grandes defesas somente na primeira etapa. Fazendo uma análise criteriosa do duelo, não dá para dizer que foi um fiasco cair antes da final. A equipe brasileira parou na qualidade dos mexicanos, que tiveram um desempenho melhor em grande parte do jogo.
O Verdão mostrou algumas fragilidades que Renato Portaluppi pode usar na preparação do Tricolor até o final do mês. Ficou clara a imagem de que o time comandado por Abel Ferreira não é imbatível. Se de um lado Gustavo Gómez é a solidez da defesa palmeirense, o zagueiro Luan demonstra instabilidade técnica. Foi dele a falha pontual no pênalti cometido sobre González, que decretou a derrota.
Também faltou criatividade no meio-campo do Palmeiras durante os 90 minutos. Algumas peças ficaram com desempenho abaixo do normal, e as trocas feitas pelo treinador português pouco efeito surtiram. Felipe Melo, por exemplo, ainda parece fora de ritmo de jogo.
A própria conquista da Libertadores sobre o Santos, no Maracanã, já aconteceu em um lance ocasional, nos acréscimos. Em nenhum momento da partida da decisão da América o Palmeiras conseguiu se impor sobre o rival.
Claro que é preciso atenção redobrada do Grêmio com jogadores de grande qualidade, como Raphael Veiga, Luiz Adriano e Rony, sem contar os reservas de luxo: Willian e Gustavo Scarpa. Mas não é um bicho de sete cabeças. Se Renato conseguir ajeitar a equipe até o dia 28, o atual favoritismo verde pode virar poeira.