A Seleção Brasileira deu um sinal de vida. O segundo tempo no 4 a 0 contra o Peru trouxe alguns momentos que representam uma luz a ser explorada ali na frente. Mesmo com todos os descontos de enfrentar uma das piores seleções destas Eliminatórias da América do Sul, o simples fato de entregar o que era esperado para a ocasião representa um passo adiante depois do futebol cinzento das últimas três partidas e das Eliminatórias.
O primeiro tempo até seguiu essa toada. O Brasil se submeteu à marcação cerrada montada por Jorge Fossati e pouco criou. Até que veio o pênalti cometido por Zambrano, com a bola tocando em sua mão, e todo o plano de jogo dos peruanos foi por água abaixo.
A Seleção passou a contar com espaços e a criar chances. No segundo tempo, com um jogo mais acelerado, veio o segundo gol, em novo pênalti, e o caminho para a goleada. Foi 4 a 0 e poderia, se forçasse mais, ter feito cinco ou seis.
A noite para mais de 60 mil pessoas em Brasília mostrou algumas boas individualidades. Bruno Guimarães foi bem como o responsável pelo começo das jogadas. Não teve tanto trabalho defensivo, mas se destacou na fase ofensiva. Raphinha, embora ainda esteja distante de ser o meia exigido para a Seleção, se apresentou e assumiu responsabilidades. Está confiante pela ótima fase no Barcelona, e isso é muito positivo. Andreas Pereira entrou bem mais uma vez. Aproveitou a chance em segunda chamada, para o lugar de Vini Jr., machucado.
Por fim, há um jogador de Seleção surgindo com força. Luiz Henrique entrou outra vez com gol e interessado, aceso. É desequilibrante com sua perna esquerda. Ele fez um gol ele deu assistência para Andreas marcar. É com boa colaboração dele que Dorival está saindo da data Fifa mais aliviado. Os seis pontos contra Chile e Peru, embora fossem obrigação, foram fundamentais para o técnico preparar as próximas duas rodadas, contra Venezuela e Uruguai.