Vencer era imperativo, contra um adversário de menor quilate e em crise. Ainda mais com meio time reserva e em um cenário de três jogos em sete dias. Por tudo isso, o 1 a 0 sobre o Cuiabá precisa ser muito comemorado. Ajuda a escalar na tabela e, o mais importante, eleva a confiança para a decisão de terça-feira (23), contra o Estudiantes. Será uma final de Libertadores na terceira rodada, justamente pelas derrotas para The Strongest, na altitude, e Huachipato, na ressaca pelo título do Gauchão.
Renato Portaluppi desidratou o time para entrar em campo contra os mato-grossenses. Mas no limite do possível. Marchesín, João Pedro, Villasanti, Cristaldo, Gustavo Nunes e Soteldo estarão em campo em La Plata. Estamos falando de seis titulares. Acrescente-se à lista Fabio, chamado no começo do segundo tempo, e Dodi, que entrou na reta final. A rigor, foram preservados Kannemann e Geromel, além de Diego Costa, em recuperação de dores musculares e guardado para terça.
A opção por um time circunstancial cobrou preço. Até os 35 minutos do primeiro tempo, o Grêmio tinha a bola e não tinha contundência. Parava na linha de cinco armada pelo Cuiabá, que pouco tinha a bola, mas muito levava de perigo quando saía. Isidro Pitta ganhou todas as disputas com os zagueiros. Ele fazia o pivô e encontrava sempre continuidade na jogada. Marchesín evitou, em duas situações, o gol do time mato-grossense.
Somente nos últimos minutos antes do intervalo é que o Grêmio passou a encontrar espaços. Soteldo começou a ganhar duelos e a levar perigo. O gol, de Cristaldo, iniciou com ele.
A noite, embora de um futebol mais pragmático, teve individualidades que se destacaram. Gustavo Nunes foi desequilibrante, jogando pelos dois lados. João Pedro Galvão brigou o tempo todo, levou perigo e saiu esgotado, mas com alta taxa de participação. Zé Guilherme ganhou lugar com a saída de Cuiabano e deu boa resposta até se lesionar. Villasanti manteve seu nível de sempre, e Marchesín teve apenas um momento de vacilação, em saída do gol. O goleiro foi muito favorecido por um segundo tempo quase sem sustos defensivos — que fez o Grêmio, pelo segundo jogo seguido, sair sem levar gol, o que é meio caminho para a vitória. Como foi neste sábado.