O dia seguinte ao "dia de fúria" de Enner Valencia foi de conversas a portas fechadas, pedidos de desculpas e esclarecimentos. O equatoriano foi chamado para um papo a sós, primeiro, com Alessandro Barcellos. Antes, o presidente havia conversado com Magrão.
Segundo fontes ouvidas pela coluna, Barcellos deixou a sala e Enner e Magrão a sós. Essa conversa foi longa. Houve pedido de desculpas do jogador para o presidente e para o coordenador técnico. Depois, numa conversa com Eduardo Coudet, ele repetiu o gesto.
À coluna, uma fonte disse que nenhuma medida administrativa será anunciada. Também ela não confirmou se houve. A preocupação da direção foi evitar ainda mais barulho às vésperas da decisão contra o River.
— Tudo foi resolvido internamente — revelou uma pessoa próxima do vestiário.
A postura de Magrão no episódio foi elogiada. Principalmente, por ele ter mostrado uma postura de dirigente e mostrando controle emocional em um momento de alta tensão. Enner teria justificado o ato de empurrar Magrão por "estar cego", sem ver quem o estava abraçando.
Segundo a mesma fonte, depois da longa conversa com Magrão, que nos tempos de jogador era de temperamento forte, Enner tomou ciência de quem se trata no contexto do Inter:
— Agora, ele já conhece mais o Magrão — brincou.
O motivo da revolta de Enner teve mesmo origem na cobrança feita por Luiz Adriano por erro na marcação no escanteio que quase acabou no terceiro gol do Corinthians. Ele achou o tom elevado. Porém, a situação com o centroavante foi resolvida no vestiário logo depois do jogo.
Houve uma conversa dos líderes com o equatoriano, para situá-lo no contexto do grupo e colocado ponto final. Faltava acertar os ponteiros com Magrão, para que o tema central voltasse a ser apenas o River.