Foram 49 dias intensos, com 11 jogos, mais Copa do Brasil para alguns. Ou seja, uma média de um jogo a cada quatro dias. Tudo isso desaguou em uma fase semifinal justa, com os quatro melhores times da primeira fase.
Grêmio e Inter confirmaram a lógica de um Gauchão que teve um hiato maior entre a Dupla e os times do Interior, numa comparação com os anos anteriores. O que não significa facilidade. Tanto Ypiranga, que receberá o Grêmio em Erechim, quanto Caxias, que receberá o Inter na Serra, são times bem estruturados e organizados.
O Ypiranga mantém o trabalho de Luizinho Vieira e colocou à disposição dele jogadores de bom nível, já visando à Série C. O Caxias também manteve seu técnico, Thiago Carvalho, e montou para ele time competitivo e que joga com a bola no pé e sempre em velocidade.
Teremos duas grandes semifinais de um Gauchão que merece um olhar mais atento e uma análise mais aprofundada. O nível técnico ficou muito abaixo.
O jogo da salvação
Transmiti, ao lado do Gustavo Manhago, a final de campeonato da última rodada. O São Luiz venceu o Aimoré por 2 a 1 e se manteve na primeira divisão do Gauchão. Foi heróico o São Luiz. Manteve-se na elite depois de fazer, na quinta-feira, uma viagem de mais de 20 horas. Ela se iniciou às 3h em Belém e só terminou às 23h30min, em Ijuí. Foram duas decisões em 66 horas.
Mais do que a permanência do São Luiz, a vitória representa uma região inteira do Estado no Gauchão. Ijuí, lá no Noroeste, ganha futebol nos primeiros meses do ano, a visita da Dupla e os efeitos em sua economia que isso proporciona. Afinal, nunca é só futebol.