A Seleção Brasileira terá um novo técnico até o final deste mês. Esse é o plano estabelecido pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Outro plano é buscar no Exterior o sucessor de Tite. É convicção de Ednaldo de que chegou o momento de um estrangeiro romper uma barreira histórica e comandar a principal camisa do mundo.
Mesmo sabendo que esse movimento causará barulho, ele já teria firmado a posição. Muito também pela entressafra de técnicos que enfrentamos. Há bons nomes surgindo, mas ainda verde, e nomes afirmados, mas já encaminhando-se para o final da carreira.
Desde a queda da Seleção para a Croácia, surgiram nomes de possíveis alvos da CBF. O primeiro foi Carlo Ancelotti, cujo contrato com o Real vai até junho de 2024. Depois, veio à baila o nome de Zidane, atualmente sem clube e que chegou a ser especulado na França até o anúncio da renovação de Didier Deschampos. José Mourinho, atualmente na Roma, entrou no noticiário depois de uma entrevista do ex-jogador Carlos Alberto, na qual o português o teria convidado para ser seu assistente na Seleção. O último nome a ser especulado foi o de Luís Enrique, demitido da Espanha depois da eliminação nas oitavas, para Marrocos.
Segundo interlocutores, Ednaldo apenas sorri quando os nomes são comentados com ele. Brinca, dizendo que, quando chegar ao 50º nome, ele anuncia quem será o técnico. O baiano mantém discrição total e não alonga conversas sobre o escolhido.
A decisão será exclusivamente dele. O que se sabe é que, além de estrangeiro, o novo técnico terá de jogar para a frente, usando o modelo agressivo adotado pela Seleção na Copa do Catar. Há pressa no anúncio. Ela se explica pela necessidade de remontar toda a estrutura de comando e técnica da Seleção e pela primeira data Fifa do ano, marcada para o fim de março. Os primeiros integrantes da equipe que comandou os trabalhos nos últimos seis anos já começaram a sair. Luis Vágner Vivian, por exemplo, se desligou nesta quarta-feira (11), no primeiro dia útil da CBF em 2023, depois do recesso de final de ano.
Com Tite, sairão os demais integrantes da comissão técnica. Juninho Paulista, diretor de Seleções, também deve encerrar seu ciclo na CBF neste começo de ano. Juninho assumiu o cargo em julho de 2019, depois da Copa América, substituindo Edu Gaspar. Tudo isso ainda na Era Rogério Caboclo, a quem Ednaldo sucedeu.
O futuro de Tite
Se a Seleção poderá contar com técnico nas próximas semanas, o destino do seu ex-treinador também pode ser conhecido nesse mesmo período. A ideia de esperar pelo final da temporada europeia perdeu força. Tite tem boas chances deassumir o comando de uma outra seleção e iniciar os trabalhos visando ao ciclo da Copa de 2026.
Com ele, deverão seguir seus fieis escudeiros, o auxiliar Cléber Xavier e o preparador físico Fábio Mahseredjian. Matheus Bachi, seu filho e assistente, também tem chances de estar junto nessa nova empreitada. Outro que pode integrar a equipe é César Sampaio, que se integrou à comissão técnica no último ciclo. Sampaio tinha planos de assumir um time como técnico principal. Porém, até agora, nenhuma oferta que o cativasse apareceu.
O futuro de Tite 2
Nos próximos dias, Tite estará na CBF para, oficialmente, encerrar sua passagem de seis anos e meio no comando da Seleção. O técnico havia anunciado antes da Copa que seu ciclo se encerraria assim que o Brasil terminasse sua campanha no Catar. Tite se reunirá com Ednaldo Rodrigues para encerrar de forma oficial o trabalho e repassar todo o legado de trabalho deixado no comando da Seleção.
Os processos de trabalho, as rotinas e a estrutura montada, como a conexão direta com as comissões técnicas dos clubes europeus em que estão os jogadores serão repassadas a Ednaldo nesta reunião. A ida à CBF também servirá para cumprir os atos burocráticos do seu desligamento da CBF. Tite tem acordo firmado pela CLT, como qualquer trabalhador comum.