A reação imediata depois da queda na Copa do Brasil não encarou o calor sufocante de Novo Hamburgo. Nem deu as caras no 1 a 1 no Estádio do Vale. O Grêmio pegou a BR-116 de volta para casa com mais preocupações ainda para o Gre-Nal de quinta-feira. Pelos problemas técnicos, pelo mau rendimento de algumas peças e pela lesão muscular sofrida no final da partida contra o Novo Hamburgo.
Mesmo antes de qualquer exame, é possível antecipar que o prejuízo será grande e se estenderá além do Gre-Nal. A reação de Diego ao sentir a lesão, depois de esticar a perna para dominar a bola, foi sintomática. Caiu, deu um soco no gramado, saiu de campo com a camisa escondendo o rosto e praguejando o mundo.
Esse é só um dos problemas que Roger terá para resolver a partir desta segunda-feira. O primeiro tempo contra o Novo Hamburgo foi calamitoso. Ele montou uma dupla de volantes, com Thiago Santos e Villasanti, e colocou Campaz como meia central. Não funcionou. O time ficou vulnerável atrás e não foi agressivo na frente. O Novo Hamburgo transitou pela intermediária de ataque com facilidade. Foi para o intervalo com o 1 a 0, mas bem poderia ter liquidado tudo no primeiro tempo. Foram duas bolas na trave e outras duas situações de gol.
O dilema de Roger para o Gre-Nal ganhou tamanho com as mudanças no segundo tempo. Bitello, Gabriel Silva e Elias, três guris recém-chegados, entraram e foram bem. Claro, o contexto do jogo ajudou-os. A postura do Grêmio desde o começo do segundo tempo foi agressiva. O Novo Hamburgo recuou e passou a sustentar a vantagem. Os guris entraram em um cenário favorável. Mas eles deram a resposta que veteranos, como Thiago Santos, e titulares da hora, como Campaz e Janderson, deram.
Elias será titular no Beira-Rio, pela ausência de Diego Souza. Mas Bitello e Gabriel fazem parte da interrogação na cabeça do técnico, entre montar um time cascudo, como exige o Gre-Nal, mas lento, ou jovem e leve, como o que deu resultados contra São Luiz e amenizou a tarde no Vale do Sinos.