Thiago Galhardo pode estar virando uma excelente moeda de troca do Inter no mercado. Titular, goleador e referência técnica na Era Coudet, parece agora perder o espaço que havia recuperado, com gols, sob o comando de Miguel Ángel Ramírez. O modelo de jogo de Diego Aguirre privilegia um centroavante de movimentação e, principalmente, de velocidade. Yuri Alberto é quem oferece esses atributos.
Galhardo, pela origem como meia, parece se sair melhor jogando com um companheiro no ataque. Ou com liberdade para ocupar o espaço, como era com Ramírez. Como nem um nem outro modelo parece estar no horizonte nesta Era Aguirre, o atacante virou uma alternativa de luxo e acaba de ganhar a concorrência de Vinícius Mello, que tem na potência física e na velocidade seus atributos.
Os números de Galhardo nesta temporada estão longe de serem ruins. São 10 gols, uma assistência e a artilharia do clube. Mas ele está distante daquilo que produziu em 2020, principalmente até o final do primeiro turno do Brasileirão, no começo de novembro. Ainda assim, acabou o ano com 23 gols e 10 assistências.
Nesse novo cenário e com perspectiva de ser reserva no time de Aguirre, não será surpresa se Galhardo, surfando ainda nesses bons números, aparecer em alguma negociação. Ou até mesmo se os árabes voltarem e oferecerem, além de dólares, uma saída confortável para clube e jogador. Lesionado, Galhardo deve ficar de fora contra o Corinthians. Até agora, ele soma cinco jogos no Brasileirão. Ou seja, ainda está dentro do limite para uma negociação com um clube da Série A.