Era preciso vencer. O Grêmio conseguiu. Construiu a vantagem com 10 minutos e voltou a ganhar depois de quatro rodadas. O problema foram os outros 80 minutos. O rendimento do time foi preocupante e não pode ficar escondido atrás do 2 a 1. O Grêmio passou por alguns problemas contra um Coritiba que, vamos combinar, dificilmente escapará de fazer da luta contra o rebaixamento o seu campeonato.
Mesmo com limitações e dificuldades técnicas, os paranaenses dominaram as ações depois do 2 a 0. Controlaram as ações e levaram perigo diante de um Grêmio plasmado, com espaços generosos entre suas linhas e à espera de uma jogada individual. O gol anulado pelo VAR, de Robson, no final do primeiro tempo foi o recado levado ao intervalo.
Mudanças
Renato mudou o triângulo de meio-campo no segundo tempo. Trocou Lucas Silva por Maicon e Robinho, apagado mais uma vez, por Thaciano. A troca deu mobilidade ao setor, com os dois e Matheus trocando posições. A questão é que Renato trocou peças, mas não alterou o ritmo e o comportamento do time. O gol do Coritiba acabou vindo numa bola aérea e criou um cenário de risco por, pelo menos, meia hora de apreensão. Algo desnecessário contra um rival apenas esforçado.
O que fica de alerta para a necessidade de evoluir para, usando a figura adotada por Renato, decolar no Brasileirão. Um adversário mais preparado dificilmente deixará de aproveitar esses espaços concedidos no meio e a lentidão com a qual o time se recompõe quando perde a bola.
É evidente que, além da vitória, a noite teve algumas outras boas novas, como a boa atuação de Matheus, mais solto, a agressividade de Luiz Fernando, a boa contribuição de Diogo Barbosa e a volta de Maicon. Ou seja, uma parte do caminho está cumprido. Mas ele é longo para este Grêmio que ainda se redescobre.