Os 18 mil colorados que foram ao Beira-Rio na noite calorenta deste domingo de praia queriam conferir se encontrariam um Inter avesso àquele do qual se despediram em 2019. Depois do 3 a 1 no Pelotas, voltaram para casa convencidos de que há um outro conceito e uma outra ideia de jogo.
Coudet mostrou no time que estará em Santiago, no dia 4, contra a Universidad de Chile, um Inter agressivo na marcação, que joga com imposição física e, com ela, busca o controle das ações. Rodinei e Moisés, os laterais, são quase ponteiros e atropelam o adversário. Edenilson foi um meia que infiltrou e soube usar as diagonais. Dessa forma, fez o primeiro gol no Beira-Rio. Patrick, do outro lado, foi bem menos efetivo, mas mostrou-se sintonizado com o que o técnico pede, jogando de forma objetiva.
O novo Inter exibiu, ainda, um D'Alessandro desequilibrante. Foi ele, quando o time batia em um paredão do Pelotas, que encontrou o espaço para Edenilson fazer o 1 a 0. Mais livre e restrito a um perímetro menor do campo, o argentino foi o nome do jogo.
Apesar da superioridade gritante e do controle quase total do jogo, Coudet leva da estreia alguns ajustes a serem feitos. Moledo, em uma ideia de jogo em que o zagueiro precisa construir, pareceu desconfortável.
Lindoso, como o ponto de partida do time, precisa ousar mais, virar mais o jogo e acelerar a saída. Musto, quando entrou, mostrou como se faz. São parafusos que precisam ser apertados, mas foi apenas o primeiro jogo, e o lastro para evolução é imenso.